terça-feira, 21 de junho de 2011

Brasil terá 'wikipédia' botânica da Amazônia

O Brasil terá a partir do ano que vem uma "Wikipédia" de sua biodiversidade. Batizado Wikiflora.org, o portal vai reunir descrições e mapeamento de espécies de plantas da Amazônia, feitas por internautas e validadas por um comitê de especialistas. O site será desenvolvido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em parceria com a IBM, a partir de uma constatação sombria: há poucos sistematas (especialistas em classificação de seres vivos) ativos na Amazônia. "Se não criarmos uma metodologia nova, nem em cem anos será possível conhecer toda a Amazônia", disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. O objetivo é envolver não especialistas "como estudantes do ensino médio" na classificação biológica - FSP, 16/6, Ciência, p.C13.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cientistas induzem célula a emitir luz laser

Notícia interessante...
Qual seria o prx. passo?
Será que dá pra criar um procarionte simbionte conosco? Acho que fazer isso com eucariontes deve ser mais difícil, mas... Quem sabe, né?
Engenheiros geneticistas, fisiologistas, bioquímicos... Boa sorte!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Mapa analisa 540 casos de conflitos ambientais

Extração ilegal de madeira, obras de infraestrutura, agropecuária e até a definição de áreas de proteção resultam, muitas vezes, em violência física e morte, prejudicando uma ou várias comunidades. Em Minas, 540 desses casos foram analisados e agora compõem o Mapa de Conflitos Ambientais. O trabalho, que está disponível desde ontem no endereço www.conflitosambientaismg.lcc.ufmg.br, é resultado de uma pesquisa desenvolvida por professores e alunos da UFMG, em parceria com a Universidade Federal de São João Del Rei e a Universidade Estadual de Montes Claros, que analisou os conflitos registrados no Estado nos últimos dez anos - OESP, 7/6, Vida, p.A18.

Floresta em pé vale mais do que soja

Quanto vale uma floresta em pé? Pode ser mais preciosa do que uma lavoura de soja. Bem diferente do que argumenta o deputado Aldo Rebelo, ao defender a aprovação do Código Florestal, pequenos agricultores só teriam a ganhar, em termos econômicos, se destinassem 20% da propriedade à reserva legal. É o que prova a dissertação de mestrado "Valoração Ecológica de Áreas de Preservação Permanente", do biólogo Thiago Junqueira Roncon, estudante de mestrado em Agroecologia do Centro de Ciências Agrárias da UFSCar/Araras. "Encarei o desafio de medir o trabalho da natureza e os serviços ambientais que ela presta e o quanto isso representa em valor monetário", diz. Roncon espera que os resultados sirvam para orientar políticas públicas, sobretudo no que diz respeito ao Pagamento por Serviços Ambientais - OESP, 5/6, Especial, p.H12.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Rodeios e e o bem estar animal

Ok, ok... Tentarei escrever sem sentimento...

Vamos falar de rodeios e de animais... E de biólogos e de seres humanos...
Talvez fosse o caso de começar dizendo que nós, biólogos (ou quase), devemos entender de forma diferenciada a forma como interagimos com outros seres vivos. Talvez fosse o caso de dizer que devemos ser mais empáticos com os cavalos que puxam as carroças, os touros que fazem o arado, os cães que levam o trenó e toda sorte de seres que realizam uma ou muitas tarefas em nosso lugar. Mas não... Definitivamente não é esse o caso. Por dois motivos muito fortes:
1) Ao invés de sermos os primeiros a dar o exemplo de uma relação "mais humana" com os animais preferimos andar de mãos dadas com situações que pouco ou nada têm haver com empatia - afinal, como falar sobre bem estar animal quando cria-se e replica-se em cativeiro gerações e gerações de coelhos e ratos para, sistematicamente, testar cosméticos em suas pupilas, novos fármacos em suas peles, operações em seus estômagos e teorias com seus cérebros?
2) Não caberia aos biólogos tal mudança de atitude, simplesmente porque não se trata de algo que possa ser aprendido na Universidade - "empatia", senhores, é algo que brota dentro de nós e cujo medrar é impulsionado por fatores que pouco conhecemos ou desconhecemos completamente.
E quanto esse sentimento não toma conta de nossa cega sociedade mais um macabro festival de rodeio se instale em nossa cidade. Replicamos, em 2011, um primitivo ritual de "sentar no touro amarrado" para ver quem consegue ficar determinado tempo em cima do animal ensandecido. Repito: primitivo ritual... PRIMITIVO!
Pra encerrar: uma discente de biologia disse-me recentemente que o ambiente em que cresce um peão de boiadeiro, por exemplo, suscita tais práticas e não enxerga nelas qualquer tipo de crueldade - trata-se de algo natural, cultural, até mesmo bonito de se ver. Bom... Pelo bem de nossos bichos, mudemos nossa realidade e a realidade deles.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Brasil vai na contramão e amplia programa atômico

No momento em que vários países decidem rever seus programas nucleares - segunda-feira, a Alemanha anunciou que vai desativar suas usinas até 2022 -, o Brasil toma a direção contrária e decide usar benefícios fiscais para estimular a ampliação de seu programa atômico. Depois do acidente em Fukushima, países como Suíça, Bélgica e China cancelaram ou suspenderam novas licenças para a construção de usinas. Enquanto isso, o Brasil está construindo Angra 3 e a Câmara dos Deputados aprovou, semana passada, medida provisória que concede incentivos fiscais para compra de equipamentos a serem usados na geração nuclear. A MP 517 ainda será votada no Senado. Além disso, o governo Dilma Rousseff deve manter a estratégia de mais quatro usinas até 2030, como previsto no Plano Nacional de Energia (PNE) 2030, hoje em revisão - O Globo, 1/6, Economia, p.21.

Lembrem-se de Fukushima...

Um Belo Monte de Inconsistências

Belo Monte...

De inconsistências...
De erros...
De desmandos...
De descaso...
De interesses...
De desculpas...
De fisiologismos...
De devastação...
De engodos...
De problemas, enfim.

Não se trata de ser contra ou a favor, mas de saber avaliar criticamente o modelo de desenvolvimento imposto (sim, imposto e a altíssimo preço) pelo atual governo a nosso país, para a Amazônia.

Apenas um argumento é suficiente para dar a dimensão da bagunça: as trinta e poucas cláusulas condicionantes, que antes mesmo da licença prévia já deveriam ter sido atendidas pelos empreendedores, não foram atendidas AINDA, depois da liberação da licença de instalação.

Quem impôs os condicionantes? O governo.
Quem está passando por cima destes mesmos condicionantes? O governo.
Quem vai arcar com os problemas ambientais e a mais-que-questionável viabiliadde do empreendimento? Todos, exceto aqueles que hoje fazem parte do governo e encherão as burras com o caixa 2 desviado da obra.

De acordo com Telma Monteiro a apatia dos próprios brasileiros foi fundamental para chegarmos até aqui. Pois bem... Falta senso crítico para avaliar o que se perde e o que se ganha, sobram mazelas e necessidades onde ester recursos poderiam ser melhor aplicados.

O futuro? Um belo monte de dúvidas sobre nossa competência brasileira de tomar decisões.